Conversamos com Bruno Mendoza e Jeff Fidelle, dois DJs do mesmo gênero e de diferentes regiões do Brasil.
O Tech House os juntou e a DJ Music Mag perguntou:
Dj Music Mag: Olá Jeff Fidelle e Bruno Mendoza, contem um pouco sobre vocês aos nosso leitores; Quando começou sua historia musical?
Eu tenho 27 anos e estou na música á 11 anos como DJ somente de eletrônica, minha carreira começou como uma brincadeira aos 17 anos de idade eu dei início com um amigo e juntos formamos um projeto que não foi para frente, de lá para cá, em 2020 eu estive afastado e o sonho se apagado dentro de mim. Até que por influências de amigos, eu decidi formalizar e lançar meu projeto solo.
Tenho 30 anos e estou na musica eletrônica desde dos 15 anos, como produtor musical a 10 anos, comecei por interesse desde quando era pequeno com a música;
Minha mãe era professora de dança, quando dava aula montava as fitas k7 para as aulas, algumas vezes pedia para eu editar os cortes das músicas e dar play nas aulas, aí nasceu meu interrese na música.
Gostava muito de ver os alunos indo ao ritmo da música, naquele tempo já sabia o que queria ser mais ainda não sabia o que era o papel do DJ.
Então em uma época já com 12 anos, meus pais me levaram em uma balada de Tech House e techno em Valencia Espanha, cidade onde morava, vi por primeira vez um DJ tocando e já sabia o que queria ser, a influência musical deu inicio ali.
Dj Music Mag: Daí nasceram dois grandes artistas, a carreira de vocês tomou um novo rumo qual seria ele?
Bruno Mendoza: Para mim sem duvida foi a explosão do EDM, comecei como DJ em 2012 tocando em rádios e festas locais de Valencia, mas o grande marco da minha carreira foi Fallas de 2013, na maior festa de Valencia Espanha.
Fui convidado para tocar por primeira vez para um grande público, a FALLA Dr Olóriz de Marxalenes.
O bairro onde eu morava me fez o convite para tocar na ultima noite deles, aquele dia tive certeza que já sabia o que queria, aí nasce uma identidade musical minha que prevalece até hoje, a influencia da cidade em ser Underground e ao mesmo tempo muito latina.
Para agradar ambos os públicos procurei fazer algo novo, hoje é a minha característica musical, com a evolução do EDM, hoje temos o tech house latino Hispanico.
2020 para mim foi um grande início, mais dedicado e um pouco mais maduro necessitando de alguns km’s rodados eu me lancei no mercado com um som que ainda não era tão escutado pela galera do meu entorno, eu tive bastante dificuldades para me lançar no meio de eventos no qual as pessoas só curtiam o comercial, mesmo naquela época, eu sabia que meu estilo sonoro iria ganhar força no RJ e no Brasil (talvez meu maior talento seja enxergar qualidade sonora).
DJ Music Mag: A visão de mercado de vocês teve uma mudança forte, nela veio algumas influencias e novos objetivos conta pra gente um pouco mais sobre sua visão musical:
Minha visão de mercado e evolução já estava vindo naturalmente nos festivais que tocava, os eventos já tinham essa necessidade de mesclar o underground com vocais comerciais, a vontade era natural, procurava sempre agradar o público e a mim também no gosto musical. O EDM sempre foi minha carta forte, mais ao mesmo tempo por ter crescido em uma região underground aquele gostinho na veia já era natural, quando o EDM entrou em queda no Brasil, meu som já tinha migrado automático ao tech house mais moderno.
Influenciado por Fisher, Chris Lake, Biscits, Martin Ink, porém sempre a minha maior inspiração foi David Guetta a capacidade de estar em todos os âmbitos musicais, sempre o vi como um grande DJ e produtor musical, procurei sempre ir nos mesmo passos não me limitando a um só ritmo ou estilo musical, no final a música é uma linguagem universal se você se limita a um só gênero você não faz parte dessa linguagem musical, procuro sempre nas minhas produções ter minhas características EDM, vocais latinas ou ritmos que mostram minha cultura e o gosto musical.
Então, meu primeiro contato depois de anos veio da maior festa de música eletrônica de Nova Iguaçu-RJ, e sim, meu som agradou muito e desagradou a minoria. Desde então nunca mais parei, foi dali para cima, os contatos só cresciam e eu também. A cada deck, cada evento eu alçava meu objetivo de ter meus preciosos km’s rodados e dias a pós dias meu feeling ficava ainda mais apurado. Sobre forte influência de Carl Cox, Fisher, Oliver heldens, Biscits, Cloonee, Michael bibi, Chapter & Verse, dentre outros, é impossível negar que meu estilo musical da época e meu maior amor atual é o tech house, e eu tenho orgulho em ver esta vertente gigantesca Rio e no Mundo. Hoje nossos artistas brasileiros exportam com excelentíssima qualidade para a gringa, isso é algo bom em se ver. Os meninos do desande e low bass de Goiânia como, Visage, Victor low, Douth, Illusionize, estouraram o Brasil com sua sonoridade pesada cheia de elementos e muita qualidade. Hoje os meninos do Brasil estouraram o mundo com suas tracks. Bewav, Beltran e Brisotti são exemplo disso. Carioca, paulista, que seja, eles fizeram acontecer oque eu sempre dizia para amigos e DJs próximos da época "O tech house vai dominar o mundo".
DJ Music Mag: Sobre a música, vocês comentaram conosco sobre o tech house, vocês estão produzindo, tem referências sobre a produção, pretendem se lançarem como produtores musicais?
Bruno Mendoza: Sim sou produtor a 10 anos, e continuo lançando, recentemente conquistei o número 1 do Traxsource com uma track que fizemos para um amigo, entre conquistas como produtor musical, minha maior conquista é poder fazer colabs com produtores que sou fã e estar trabalhando com artistas do mundo todo. Hoje minha visão de produtor é a música, como comentei não me prendo a um estilo musical, como produtor, porém como DJ minhas performances são as vertentes da house music, Tech House , Techno e o house Classic, no âmbito produção sou muito aberto e amplo aos estilos musicais, o que mais gosto de fazer é o tech house, mas não me limito somente a ele.
O trap me fascina muito e o techno, nesses gêneros seguimos produzindo e ampliando nosso catálogo de lançamento, também sou muito aberto a música hoje, tenho meu próprio selo musical Desande Oficial, voltada ao tech house e o bass house. Meu outro selo é a SuperMatrix Búzios, trabalhamos com uma linha mais comercial aberta a gêneros musicais comerciais, um papel importante para os DJs e produtores que precisam do espaço musical para serem escutados.
O que prevejo para o meu futuro é evoluir como produtor musical, embora eu não tenha tantas habilidades como produtor majoritário, tenho alguns projetos prontos e pré prontos precisando apenas de masterização, e sim, sinto que tenho talento para isso. Sei que consigo, preciso fazer parte dessa estatística dentro do cenário do tech house. Foram vários eventos até aqui, de todos os tamanhos e dimensões.
Não deixei a desejar em nenhum deles, o feedback foi maravilhoso, eventos como Rolê festival, Psycologic, DeepFest, Praia Club entre outros. Esses eventos sitiados são vitrine no RJ, carregando multidões e uma galera extremamente exigente desde a galera do som comercial ao raiz. As mínimas críticas vieram e para minha evolução como DJ foi maravilhoso só gratidão até aqui, talvez seja por isso que hoje eu não tenho um rótulo específico dentro do cenário atual, sem preconceito com as demais vertentes, é claro. Eu ouço de tudo, desde o techno, house ao bass house. Quem já presenciou minhas apresentações viu que mesmo com meu coração batendo pelo tech house eu passeio pelas vertentes trazendo assim uma experiência bem diferente para o público, nessa parte eu tenho como ídolos e fortes inspirações Vintage Culture e Gordo (Carnage).
DJ Music Mag: Finalizando nosso papo , o que vocês tem a dizer para os produtores e DJs da nossa revista, sobre bagagem musical e inspiração?
Bruno Mendoza: Bagagem para mim sempre será uma coisa aberta por muito que viajemos tocamos sempre fica aberta a maior aprendizagem é o conhecimento, o que sim recomendo é sempre muito estudo e dedicação. Qualquer um pode chegar onde se propõe, só depende da sua dedicação e esforço. Meu maior conselho eu escutei de um grande artista, ele me disse uma vez: "O bom músico escuta, escuta o ambiente onde está , escuta a música escuta tudo, no final temos música em tudo", o que fala mais do que escuta está indo no caminho oposto, realmente eu acredito nisso já que produtor musical passa a maior parte do tempo escutando, estudando, lendo e utilizando Tracks de referência de grandes artistas.
O que eu tenho como bagagem e experiência própria é que nunca devemos desistir do nossos sonhos, meu sonho mal começou, ainda estou no processo, mas tenho experiência de dizer que não é fácil e nunca será. Se na infância, que só sonhava no meu quarto e hoje já toquei em diversos clubes e boates pelo Rio de Janeiro, acredite em você. A vida é um videogame, só você decide quando o jogo termina!
Redação SuperMatrix Buzios
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