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Jean - Michel Jarre — Oxymore: A Vanguarda Pop



Por Ipitácio Oliveira:


Jean - Michel Jarre sempre foi explicito em revelar todas as suas influências artísticas em seus álbuns que são lançados desde que iniciou a sua carreira no começo da década de 1970. E a cada disco apresenta de uma forma um tanto particular essas infinitas influências que o músico francês adquiriu com o passar do tempo.


Muito desses elementos vieram do dia a dia, das mudanças que a sociedade passa e principalmente da própria música, o componente principal do artista europeu.


Original da cidade de Lyon (frança), Jarre estudou música na escola GRMC (Groupe de Recherche de Musique Concrète) e foi aluno do compositor Pierre Henry (1927 - 2017) um dos pioneiros na música eletrônica e música concreta. Gêneros musicais que tiveram forte influência nos trabalhos futuros de jean - Michel.


E como Jarre sempre se mantém em uma constante atualização para os seus trabalhos, sempre abordando temas contemporâneos, agora, em seu 22º trabalho, Jean - Michel Jarre, resolveu prestar uma homenagem o seu eterno tutor.


Com a fase mais recente de Jarre em seus álbuns, iniciada em 2015 com o disco “Electronica 1 - The Time Machine” do qual contava com participações de vários outros artistas e cantores, momento que permitindo um aumento considerável artisticamente, não só para as músicas que criava, mas uma renovação importante de público.


Oxymore — En Hommage À Pierre Henry (CD, Vinil, Digital, Streaming – 2022/Columbia/Sony Music) é uma bela e divertida celebração ao compositor Pierre Henry, uma festividade ao som de vários ruídos eletrônicos, junto com inúmeros filtros colagens sonoras entre outros itens que compunham uma obra de música concreta típica do pioneiro Henry. Porém Jarre acrescentou ao tributo, uma roupagem mais atual, deixando toda a atmosfera agradável aos ouvintes mais novos.


Os familiarizados com uma vertente mais conservadora da música de vanguarda, podem ter uma surpresa com Oxymore, já que Jean - Michel utilizou todos os “chavões” usados por Pierre Henry para uma quase pista de dança. Não que isso desmereça o disco de tributo ou uma distorção do conceito original, mas soa como seria Pierre em um club.


A agitação nas músicas, são mais que adequadas com a conceito do tributo ao compositor de vanguarda, já a base da música eletrônica direcionada para as pistas de dança, veio diretamente dos experimentos sonoros de artistas da mesma escola de Henry, mas com diferencial do acréscimo de ritmos.


A dedicação e admiração de Jarre com os feitos dos pioneiros na música eletrônica, é evidente em seus trabalhos e elas também ressoam em diversos artistas que trabalham com a atividade em música eletrônica. Oxymore reflexe esse encanto e prestígio.


Em conjunto com a homenagem, Oxymore apresenta uma mixagem de áudio em Dolby Atmos, sistema que permite uma imersão sonora mais profunda e cheia de detalhes naquilo que se ouve. As apresentações também ganharam um capricho extra com o recurso de Realidade Virtual (VR) permitindo que a experiência seja mais profunda.










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